A escola, como a conhecemos, privilegia um tipo de ensino, admira uma forma padrão de aprendizado, logo, um tipo de professor, quase sempre autoritário que impõe medo, antes mesmo de fazer-se gostado ou mesmo admirado pelos seus alunos. Tal postura mostra-se cada vez mais inadequada diante das exigências dos alunos de hoje. Isso porque antigamente, um(a) jovem podia dar-se ao luxo de abandonar os estudos e trabalhar, mesmo que com pouca remuneração. Vê-se, no entanto, que este modelo aumenta cada vez mais a desigualdade social de nosso país, tornando-se algo muito mais excludente do que acolhedor, mesmo vivendo numa era em que a tecnologia predomina cada vez mais e as exigências de uma mão de obra especializada urgem como necessidade para o desenvolvimento individual e coletivo, sobretudo, no que diz respeito à cidadania.

O aluno que se procura e admite-se como ideal é aquele que gosta ou sente-se confortável com aulas expositivas, acomoda-se bem com o perfil da escola tradicional que visa o ingresso em uma boa faculdade ou mero cumprimento dos itens estipulados em uma sequência pedagógica ditada pelos livros didáticos ou apostilas, o que dá no mesmo, pois tudo é padronizado, quando muito altera-se um pouco a ordem, mas em português, por ser minha área de interesse,  todos os fenômenos gramaticais são passados de maneira muito corrida, independemente do nível de dificuldade que ele apresenta. Assim, estamos diante de um grande erro pedagógico. Prova disso? Quem se lembra do que é uma preposição? Quem se lembra do que é regência? Basta sair da escola para esquecer-se absolutamente tudo. Porque para o aprendizado de gramática não basta ler a teoria e fazer os exercícios, tal atitude mecanicista e tediosamente repetitiva ao longo das séries, faz com que os meninos(as) quando aprendem, esqueçam-se na primeira oportunidade, porque assim funciona a memória, ela prioriza dados por ser humanamente limitada.

A consequência disso é que passa ano sai ano, ou seja, do sexto ao terceiro ano do ensino médio é dada a matéria da mesma forma, aumentando apenas o nível de dificuldade dos exercícios, mas tudo dado através de fragmentos aleatórios estabelecidos pelas editoras que vendem livros didáticos há gerações no Brasil e que seguem assim, pela exigência do mercado livreiro.

Acontece que a maior fatia do alunado não se adapta a esse ritmo, o que fará com que apenas uma pequena parcela aprenda alguma coisa, porém, a maioria, aprenda muito  pouco e pior, o aluno é o único responsabilizado pelo fato de não aprender. O que acho incrível.

Pensando nisso, criei materiais completamente lúdicos, mas que requerem concentração e dedicação para serem entendidos e memorizados. Não é pelo fato de serem lúdicos que podem ser considerados fracos ou ineficientes, mas são trabalhados item por item com minúcia, a fim de evitar o esquecimento posterior.

Evidentemente que aulas individuais pedem metodologia personalizada, mas se porventura houver dificuldade ou incompatibilidade de tempo para uma aula, disponibilizo no link abaixo materiais que poderão ser de grande auxílio para quem necessitar de aulas de português, para aprimorar a norma culta ou mesmo a compreensão da gramática.

Quero frisar que esses materiais foram idealizados também para uma grande parcela de adultos que gostaria de saber português, mas não tem a quem perguntar nem a quem recorrer. A ideia é democratizar o conhecimento, única maneira de nos libertarmos enquanto cidadãos.

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